Hollow Knight: Silksong chega como uma das sequências mais aguardadas da última década, e a Team Cherry entrega não apenas uma sequência digna, mas uma expansão magistral de tudo que consagrou o primeiro jogo. A jornada de Hornet no reino de Fiarlongo é uma experiência desafiadora, artisticamente genial e profundamente recompensadora.
O jogo se destaca imediatamente pela jogabilidade refinada e notavelmente mais ágil. Controlar a protagonista Hornet é uma experiência fluida e rápida, exigindo reflexos precisos para sobreviver aos mais de 40 chefes espalhados pelo vasto mapa. Cada encontro com um chefe é uma aula de design, com padrões de ataque complexos que devem ser aprendidos e superados através de tentativa e erro, gerando uma satisfação imensa a cada vitória.
O mundo de Fiarlongo é um personagem por si só, com uma ambientação que transita entre o sombrio e o sublime. A narrativa, contada através de NPCs carismáticos e da exploração ambiental, constrói uma lore rica sobre um reino em decadência, explorando temas de fé e poder. A trilha sonora complementa perfeitamente cada ambiente, elevando a imersão a patares extraordinários.
Apesar dos elogios, a dificuldade é um ponto central e divisivo. Inimigos comuns causam dano significativo, e a jornada até alguns chefões pode ser longa e punitiva, exigindo que o jogador refaça trajetos complexos após cada morte. Alguns chefes que dependem de invocar lacaios são criticados por uma dificuldade considerada artificial, mas estas são exceções minoritárias em um conjunto de batalhas brilhantes.
Silksong é acessível tanto para fãs do original quanto para newcomers, contando sua história de forma autossuficiente. A progressão é orgânica, incentivando a exploração para encontrar upgrades que facilitam a jornada. A confiança da Team Cherry em sua visão é palpável, resultando em um jogo que não abre mão de sua identidade desafiadora para agradar a um público mais casual.
Veredicto Final: Hollow Knight: Silksong é uma obra-prima do gênero metroidvania. Sua dificuldade exigente e por vezes implacável pode não ser para todos, mas a recompensa por perseverar é uma das experiências mais cativantes e memoráveis dos últimos anos. Um testemunho do poder dos jogos independentes e um forte candidato a Jogo do Ano.
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