O diretor Diego Freitas encontrou na adoção de Paçoca, uma cadela caramelo durante a pandemia, a inspiração para criar um dos maiores sucessos nacionais da Netflix. A experiência de cuidar do filhote, que o trouxe para o presente e ensinou sobre amor incondicional, deu origem à ideia de um filme que celebrasse a figura icônica do vira-lata caramelo. A produção “Caramelo” nasceu desse desejo de representar uma figura genuinamente brasileira, abordando temas universais como empatia, superação e a capacidade de encontrar alegria mesmo nas adversidades.
Para Freitas, o vira-lata caramelo é uma representação fiel do povo brasileiro. Ele descreve o cão como corajoso, resiliente e sempre esperançoso, um símbolo de um povo batalhador e miscigenado. O cineasta defende a importância de o cinema nacional produzir opções de qualidade que coloquem a brasilidade em protagonismo, um movimento que tem ganhado força com o recente sucesso de produções locais tanto em premiações quanto na preferência do público. O caramelo se consolida, assim, como um ícone pop nacional.
A parceria de longa data com a Netflix foi fundamental para concretizar a visão do projeto. A plataforma, que busca histórias autênticas com potencial de conexão global, abraçou o conceito que mistura identidade brasileira com uma narrativa de superação. O filme demandou um trabalho meticuloso, incluindo a construção de cenários específicos, cenas de ação e um complexo treinamento com animais, sendo considerado pelo diretor o projeto mais desafiador de sua carreira.
A busca pelo protagonista canino levou a uma seleção nacional. Amendoim, o cão que interpreta o personagem principal, foi descoberto ainda filhote no sítio do adestrador Luis Estrelas e passou por seis meses de preparação antes de estrear nas telas. A filosofia no set era de que os cães não atuavam, mas sim brincavam, cabendo à equipe capturar esses momentos espontâneos. Amendoim foi acompanhado por outros quatro dublês caninos – Derek, Xereta, Sorriso e Amarelo –, totalizando 83 animais no elenco, todos resgatados e posteriormente adotados. O ator Rafael Vitti, por exemplo, adotou Leôncio, um cachorro de três patas que participou como figurante. Uma equipe dedicada de 17 profissionais garantiu o bem-estar dos animais durante toda a produção, filmando sempre no ritmo e respeitando os limites de cada cão. O filme se torna, portanto, não apenas uma celebração do vira-lata, mas também um testemunho prático de como o cuidado com um animal pode gerar empatia e transformar relações, espalhando uma mensagem de afeto que ressoa profundamente com o público.
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