Coralie Fargeat, a mente brilhante por trás do perturbador “Revenge”, nos surpreende com mais uma obra-prima: “A Substância”. O filme é uma montanha-russa de emoções, levando-nos por uma jornada visceral e satírica pelo lado mais obscuro de Hollywood.
Com atuações memoráveis de Demi Moore e Margaret Qualley, a trama gira em torno da obsessão pela juventude e da busca por uma versão “perfeita” de si mesmo. À medida que a história se desenrola, somos confrontados com temas como beleza, identidade e decadência, tudo embalado por uma estética visual impactante e uma trilha sonora que nos prende do início ao fim.
Fargeat não tem medo de chocar e nos confronta com cenas explícitas de violência e gore. No entanto, a violência aqui não é gratuita, mas sim um meio de expressar a angústia e a frustração de seus personagens. A diretora utiliza a linguagem do horror para fazer uma crítica contundente aos padrões de beleza impostos pela indústria cinematográfica e à objetificação das mulheres. Isso não muda o fato de que, em certos momentos, cheguei a virar a cabeça para desviar da tela por alguns segundos, tamanho incômodo estava sendo apresentado. E o filme realmente é feito para isso.
“A Substância” é um filme que divide opiniões, mas é impossível negar sua originalidade e ambição. No cinema, muitos estavam revoltados com o final, enquanto outros sofriam com as cenas gore impactantes (os 20 minutos finais são um verdadeiro show de bizarrismo). Se você está em busca de uma experiência cinematográfica única e perturbadora, este é um filme imperdível. Prepare-se para ser desafiado e questionar tudo o que você pensa sobre beleza e identidade.