“The Flash” mergulha de cabeça no universo dos super-heróis, trazendo uma abordagem refrescante e divertida. Desde o início, fica claro que o filme busca resgatar a energia lúdica e a leveza perdidas em meio à repetição de temas e ao cinismo presente em outros filmes do gênero.
Mundos colidem em The Flash quando Barry usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar os eventos do passado. Mas quando tenta salvar sua família e acaba, sem querer, alterando o futuro, Barry fica preso em uma realidade na qual o General Zod está de volta, ameaçando colocar o mundo em risco, e não há super-heróis a quem recorrer. A não ser que que Barry consiga persuadir um Batman muito diferente a sair da aposentadoria e resgatar um kryptoniano preso… mesmo que não seja exatamente quem Batman está procurando. Para salvar o mundo em que está e retornar ao futuro que conhece, a única esperança de Barry é usar seus superpoderes para salvar sua vida. Mas, se afinal, precisar desistir dela, será seu sacrifício suficiente para reconfigurar o universo?
Uma das principais características que se destacam em “The Flash” é o uso do humor como base da narrativa. Ao contrário de muitos filmes de super-heróis, nos quais o humor serve como uma forma de escapismo, aqui ele impulsiona a história. Ezra Miller, no papel do protagonista, entrega uma atuação comprometida que transmite um senso de comicidade em todas as suas ações. É uma interpretação performática que abraça a essência cartunesca dos super-heróis, adicionando uma nova dimensão ao personagem.
Outro aspecto interessante é a abordagem dos vilões. O filme reconhece que a figura do vilão unidimensional se tornou obsoleta e busca reinventá-la. Ao invés de apresentar um antagonista ameaçador e imponente, “The Flash” despoja o vilão de sua autonomia, transformando-o em pouco mais do que um inconveniente. Essa escolha narrativa corajosa contribui para uma abordagem mais original e reflexiva, fazendo uma crítica sutil ao ciclo repetitivo das histórias de super-heróis e explorando o sentido de existência dos vilões em um mundo em constante mudança.
O filme também aborda a questão da repetição de temas no gênero de super-heróis. Reconhecendo que certos conceitos, como viagem no tempo e realidades paralelas, se tornaram clichês, “The Flash” os enfrenta de frente, buscando uma abordagem criativa e revisionista. O uso do espelho como metáfora central na trama é uma maneira inteligente de explorar a autoimagem do protagonista e refletir sobre a natureza das narrativas de super-heróis.
“The Flash” abraça o humor, reinventa a figura dos vilões e desafia a repetição de temas no gênero de super-heróis, buscando uma narrativa mais leve e lúdica. Com a atuação comprometida de Ezra Miller e uma abordagem inteligente, o filme traz uma nova perspectiva ao gênero, resgatando a essência cartunesca e reafirmando a importância da diversão e do entretenimento.
‘The Flash’ chega aos cinemas brasileiros em 15 de junho, um dia antes do lançamento nos EUA. Confira o trailer abaixo.
The Flash tem produção de Barbara Muschietti (os filmes “It”, “Mama”) e Michael Disco (“Rampage: Destruição Total”, “Terremoto: A Falha de San Andreas”). O roteiro é de Christina Hodson (“Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa”, “Bumblebee”), com argumento de John Francis Daley & Jonathan Goldstein (“Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes”, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”) e Joby Harold (“Transformers: O Despertar das Feras”, “Army of the Dead: Invasão em Las Vegas”), baseado em personagens da DC. Os produtores executivos são Toby Emmerich, Walter Hamada, Galen Vaisman e Marianne Jenkins.
Na equipe de produção criativa do diretor Andy Muschietti estão o diretor de fotografia Henry Braham (“Guardiões da Galáxia 3”, “O Esquadrão Suicida”); o designer de produção Paul Denham Austerberry (“It: Capítulo Dois”, “A Forma da Água”); os editores Jason Ballantine (os filmes “It”, “O Grande Gatsby”) e Paul Machliss (“Magnatas do Crime”, “Em Ritmo de Fuga”); a figurinista Alexandra Byrne (“Doutor Estranho”, “Guardiões da Galáxia”); e Benjamin Wallfisch (“O Homem Invisível”, os filmes “It”) assina a trilha sonora.
The Flash | Roteiro do segundo filme está pronto, segundo site
“Se [uma sequência] acontecer, sim“, disse. “Eu não acredito que haja alguém que possa interpretar esse personagem tão bem quanto elu* fez. As outras representações do personagem são ótimas, mas essa visão específica do personagem… Elu simplesmente se destacou ao interpretá-lo. E, como você disse, os dois Barrys – parece um personagem feito para elu.”