Ontem, tive a chance de assistir ao tão aguardado Lilo & Stitch na pré-estreia para a imprensa, e… uau. Sério, uau. Eu estava cético, como todo mundo que já viu a Disney estragar remakes com CGI excessivo e roteiros sem alma, mas esse filme? Ele entende o que fez o original ser especial. E, em alguns momentos, até supera.
Confesso que tremi na base quando soube que Stitch seria CGI. Lembrei na hora do Rei Leão que visualmente é lindo, mas seus olhos sem vida acabam estragando tudo. Mas, surpresa! O design dele é perfeito, mantém a expressividade malandra do desenho, e a dublagem traz de volta toda a energia arisca e engraçada que amamos quando vimos a animação pela primeira vez. Em cenas como a do caos no restaurante (sim, aquela cena), foi impossível controlar as risadas, E quando ele sussurra “Ohana significa família” (Isso não é spoiler, tem no trailer viu) Me peguei apertando a mão no rosto pra segurar algumas lágrimas teimosas, não vou mentir.
Lilo e Nani: A Relação que Rouba a Cena
Maia Kealoha, a nova Lilo, é uma revelação. Ela captura a excentricidade da personagem sem cair na caricatura, e sua química com Sydney Agudong (Nani) é tão palpável que dói. O filme aprofunda a dinâmica das irmãs, mostrando a pressão de Nani para criar Lilo sozinha enquanto luta contra os serviços sociais. E isso aqui é retratado de uma forma tão real, dura e triste que na boa, apenas os de coração gelado não estavam sofrendo nessa hora. Eu que tenho um apego imenso pelos meus irmãos me vi sofrendo junto com a Nani, sentindo o peso que ela precisa carregar e isso é um acerto do filme, fazer você se importar com os personagens ao ponto de sentir o que eles estão sentindo.
Pra não dizer que tudo é perfeito, o CGI dos aliens Jumba e Pleakley estão OK, mas em alguns momentos ainda caem naquele vale da estranheza, que incomoda o olho, mas rapidamente passa quando Stitch entra em cena.
O Stitch, sério. Quem acompanha a produção de filmes assim, sabe que uma das partes mais difíceis, complexas e demoradas é animar os fios e pelos de personagens. Aqui ganhamos um Stitch tão real, que se suja de bolo, barro, areia e você consegue ver em detalhes como todos esses materiais interagem com a pelagem do 626 (o nome Científico do experimento – Stitch).
É incrível, bonito e o torna tão, mas tão vivo e real que você só quer chegar perto dele, pegar nos braços e fazer um carinho como um doguinho que passamos a amar. ( E sim, ele é um cachorro rs).
Veredito: O Melhor Remake da Disney? Pode Ser.
Se O Rei Leão (2019) foi um pesadelo pela falta e alma dos personagens e A Pequena Sereia (2023) pecou pelo excesso de zelo, Lilo & Stitch acerta onde os outros falharam: ELE TEM ALMA. Ele não só honra o original como expande seu coração, especialmente na relação entre Lilo e Nani. E Stitch? Stitch nunca foi tão POP quanto agora.
Nota: 9/10