Assassin’s Creed Shadows chegou como um dos títulos mais aguardados da franquia, e posso afirmar que ele não apenas atendeu às expectativas, mas as superou em muitos aspectos. O jogo mergulha os jogadores no Japão feudal, um cenário rico em história, cultura e conflitos, e faz isso com uma maestria que só a Ubisoft poderia entregar.
Contexto Histórico e Ambientação
O jogo se passa durante o período Sengoku, uma era marcada por guerras civis, intrigas políticas e o surgimento dos primeiros shinobis. A atenção aos detalhes históricos é impressionante. Desde os castelos majestosos até as pequenas vilas rurais, cada local é cuidadosamente construído para refletir a cultura e a arquitetura da época. (Eu me peguei várias vezes parando apenas para admirar a paisagem, especialmente durante o pôr do sol, quando os raios de luz filtram pelas árvores e criam uma atmosfera quase mágica.) A Ubisoft realmente caprichou na pesquisa histórica, e isso se reflete na imersão que o jogo proporciona.
A ambientação é tão rica que você pode sentir o peso da história em cada canto do mapa. As cidades são vibrantes, com NPCs realizando suas atividades diárias, enquanto as áreas rurais são tranquilas e cheias de vida selvagem. (Uma vez, eu parei para observar um cervo bebendo água em um riacho, e foi tão realista que me fez esquecer que estava jogando.)
Os Personagens Principais
Shadows apresenta dois protagonistas: Diogo/ Yasuke, um samurai africano baseado em uma figura histórica real, e Naoe, uma shinobi fictícia, filha de um mestre ninja do clã Iga. Cada um tem suas próprias habilidades, estilos de jogo e histórias pessoais, que se entrelaçam de maneira fascinante.
Yasuke é um guerreiro imponente, especializado em combate direto. Ele usa armas pesadas como a naginata (uma lança longa), que causam danos devastadores. (Eu adorei a sensação de poder ao jogar com Yasuke, especialmente quando ele derruba portas e enfrenta grupos de inimigos de uma só vez.)
Naoe, por outro lado, é ágil e letal, especializada em furtividade. Ela usa armas como o kusarigama (uma foice com corrente) e o tanto (uma adaga), além de técnicas de infiltração que permitem eliminar inimigos sem ser detectada. (Eu me diverti muito planejando assassinatos perfeitos com Naoe, usando o sistema de sombras dinâmico para me esconder e atacar no momento certo.)
A dinâmica entre os dois personagens é um dos pontos altos do jogo. Eles têm personalidades e motivações distintas, mas suas histórias se entrelaçam de maneira orgânica, criando uma narrativa coesa e emocionante. (Eu me peguei alternando entre os dois personagens com frequência, pois cada um oferece uma experiência única.)
Um ponto de destaque aqui é que só vamos realmente jogar com Yasuke após quase 15 horas de jogo, não entendi o porquê, mas a montagem do jogo trouxe essa proposta.
Jogabilidade e Mecânicas
A jogabilidade é uma evolução natural da fórmula que já conhecemos, mas com refinamentos significativos. O combate é fluido e desafiador, exigindo que você domine tanto a espada quanto as técnicas de furtividade. (Eu adorei o sistema de dualidade entre os personagens, que permite alternar entre eles em certas missões, oferecendo abordagens completamente diferentes para os mesmos objetivos.)
O combate com Yasuke é focado em força bruta. Ele pode bloquear e contra-atacar com facilidade, mas seus movimentos são mais lentos, exigindo timing preciso. Já Naoe é rápida e letal, mas frágil em combates prolongados. (Eu preferi usar Naoe para missões de infiltração, enquanto Yasuke era minha escolha para confrontos diretos.)
Além disso, a introdução de mecânicas de construção e gerenciamento do quartel-general adiciona uma camada extra de profundidade. Falarei sobre isso mais abaixo.
Gráficos e Imersão
Os gráficos são de tirar o fôlego. O Japão feudal ganha vida com texturas detalhadas, iluminação realista e efeitos climáticos que mudam dinamicamente. (Uma vez, durante uma tempestade, eu parei apenas para observar a chuva caindo sobre as folhas das árvores e o som dos trovões ao fundo. Foi uma experiência quase meditativa.) A imersão é tão intensa que, após 15 horas de jogo, decidi experimentar com meu headset Corsair Void Elite 7.1, (E aqui vai um conselho: se puder, jogue com um fone de qualidade. A experiência sonora é outro nível. Dá para ouvir cada passo na grama, cada sussurro no vento e cada golpe de espada com uma clareza impressionante.)
Sistema de estações também é um destaque
Cada estação (primavera, verão, outono e inverno) muda a aparência do mundo e afeta a jogabilidade. No inverno, por exemplo, a neve dificulta o movimento e reduz a visibilidade, enquanto no verão a vegetação é mais densa, oferecendo mais opções de furtividade. (Eu adorei explorar o mesmo local em diferentes estações, pois parecia um mundo completamente novo a cada vez.)
Áudio e Trilha Sonora
A trilha sonora é uma obra-prima, combinando instrumentos tradicionais japoneses com orquestrações épicas. Os efeitos sonoros são igualmente notáveis, desde o farfalhar das folhas até o som distante de uma cachoeira. (Com meu setup de home theater, a experiência foi incrível, mas o fone trouxe uma imersão ainda maior. Recomendo fortemente jogar com um fone Dolby ou 3D para aproveitar ao máximo.)
A dublagem em japonês é excelente e adiciona autenticidade à experiência. (Eu joguei com áudio em japonês e legendas em português, e isso me fez sentir ainda mais imerso no mundo feudal.)
Quartel-General e Customização
Uma das novidades mais interessantes é a possibilidade de construir e personalizar seu quartel-general. Esse sistema lembra um pouco The Sims, onde você pode escolher onde colocar edifícios, caminhos e decorações. Cada construção tem uma função específica, como a Forja para melhorar equipamentos ou o Dojo para treinar aliados. (Eu adorei essa parte do jogo, pois me permitiu criar um espaço que refletia minha visão do mundo feudal japonês.)
Mas é perfeito então?
Claro que nada é perfeito, e aqui vou destacar pequenos pontos que não afetam em nada a experiencia geral, e que podem ser facilmente resolvidos com um pack de atualizações no dia do lançamento.
Tive 2 problemas constantes durante minhas mais de 50 horas de jogo. A primeira foi um bug onde o som ambiente simplesmente sumiu, ficando apenas os sons das falas. Sons ambientes como vento, água entre outros sumiram e tive que reiniciar o aparelho para que voltassem a funcionar. O segundo aconteceu em momentos importantes (me deixando bem irritado), geralmente após algum boss, o jogo simplesmente crashava sem motivo aparente, trazia uma mensagem de erro de que o jogo encontrou ‘algum problema e precisou ser fechado ‘. Eu era obrigado a encerrar o jogo e abri-lo novamente, e com isso, precisava refazer a ultima fase inteira, com lutas e tudo mais. Esse bug aconteceu por 3x e não sei dizer um motivo especifico pra isso.
Conclusão
Assassin’s Creed Shadows é um marco para a franquia, combinando uma narrativa envolvente, gráficos deslumbrantes, jogabilidade refinada e uma imersão sem precedentes. (Testei o jogo no PlayStation 5, cortesia da Ubisoft, e agradeço imensamente pela parceria e pela oportunidade de vivenciar essa experiência.) Se você é fã de jogos de mundo aberto e apaixonado pela rica história e mitologia do Japão, este título é imperdível. Afiem suas espadas, abasteçam-se de kunais e shurikens, vistam o manto da ordem e preparem-se para embarcar nesta jornada épica pelo Japão feudal – prometo que não se arrependerão.
The Review
Assassin’s Creed Shadows
Review de Assassin’s Creed Shadows: O Japão Feudal Que Sempre Sonhamos e a Jornada Épica dos Assassinos