A jornada de Jacob Elordi para se tornar a Criatura em “Frankenstein”, a nova e aclamada adaptação de Guillermo del Toro para a Netflix, foi tanto de sofrimento quanto de redenção. O ator revela que a dolorosa experiência de perda de peso para um projeto anterior, a minissérie “O Caminho Estreito para os Confins do Norte”, acabou por ser uma preparação involuntária e fundamental para o papel monstruoso. Ele descreve um período de angústia, com noites de insônia e dores físicas, que encontrou um canal de expressão quando a oportunidade em “Frankenstein” surgiu.
Com apenas nove semanas para se preparar após a saída de Andrew Garfield do projeto, Elordi viu a chegada do filme como uma salvação. “Minha mente estava girando”, confessou o ator, explicando que estava numa crise existencial sobre sua carreira e buscando se esconder do mundo. A possibilidade de interpretar a Criatura surgiu como um refúgio perfeito. “Percebi, imediatamente, que a Criatura era o lugar para onde eu deveria ir. Eu deveria colocar essa máscara de liberdade”, declarou. Para Elordi, a pesada maquiagem não foi um fardo, mas uma bênção que o libertou da pressão de ser ele mesmo, permitindo-lhe uma reconstrução artística e pessoal durante os seis meses de filmagem.
A abordagem de Guillermo del Toro para o monstro também foi crucial. Elordi destacou que a Criatura no roteiro é fiel à visão filosófica de Mary Shelley: um ser pensante e eloquente, cheio de dor e humanidade. Para mergulhar na psique do personagem, o ator chegou a criar um diário completo escrito do ponto de vista da Criatura, um processo que descreveu como “mágico” e quase transcendental. Ao lado de um elenco estelar que inclui Oscar Isaac como Victor Frankenstein e Mia Goth, Jacob Elordi entrega uma performance que está sendo considerada histórica, solidificando o filme como uma das adaptações mais profundas e humanas do clássico gótico.










