Em entrevista para a Entertainment Weekly, o diretor dos dois primeiros episódios, Marc Jobst, contou o quão difícil foi adaptar uma das principais criações de Eiichiro Oda: Luffy e seus poderes elásticos.
Na história de One Piece, Monkey D. Luffy, personagem vivido por Iñaki Godoy, ingere a Gomu Gomu no Mi, uma “fruta do diabo” que o transforma em um “homem-borracha”. Sendo uma das partes mais importantes do anime e mangá, se tornou essencial para a produção fazer esses poderes “parecerem certos”.
“Tivemos muitas reuniões sobre”, disse Jobst à EW. “Fizemos muitos testes e tivemos muitas conversas para descobrir como funcionaria. Todos os cabelos dele se afastam quando ele se estica? O que acontece com os poros? Ele se estica com a mesma espessura todo o tempo ou fica sem forma e parece bobo? As roupas se esticam com ele ou ele se estica para fora das roupas? Testamos muitas coisas diferentes. Em determinado momento, você pensa: ‘Bem, tudo bem, isso tem que obedecer às leis da física’. E então você olha e conclui: ‘Bem, às vezes’. No final, você só precisa seguir o que parece certo.”
Em uma das principais cenas em que Luffy demonstra seus poderes, o diretor contou que a chave para tornar tudo natural foi “mostrar a diversão” que o pirata estava tendo com toda a situação.
“Na luta contra Alvida, não era tanto sobre mostrar suas habilidades de alongamento, mas mostrar a diversão que ele estava tendo com elas”, diz Jobst. “Ele estica o braço e a câmera sai com ele, você o leva para a escuridão, depois vira a câmera e mostra o golpe.”
Essa técnica de desviar a atenção do público também foi utilizada em outro momento crucial da trama, em que Luffy combate Morgan.
“Com Morgan, o importante era usar a câmera para transmitir a energia do que ele estava fazendo. […] Assim, você já está focado no próximo movimento ao invés de se concentrar em ‘Espera, o short dele foi com ele ou…?”.