A segunda e última temporada de Sandman na Netflix encerrou com um funeral simbólico e o surgimento de um novo Senhor dos Sonhos. Adaptando principalmente o arco As Benevolentes, de Neil Gaiman, a série mergulhou nas consequências das escolhas de Morfeu (Tom Sturridge), culminando em um final emocionante e cheio de significados.
A Jornada Final de Morfeu
O destino de Morfeu foi selado por um ato de compaixão e tabu: matar seu próprio filho, Orfeu (Ruairi O’Connor). Esse sacrifício, proibido entre os Perpétuos, desencadeou a ira das Benevolentes (ou Fúrias), forçando-o a confrontar seu legado de egoísmo e manipulação.
Em um momento de clareza, Morfeu percebe que já não é digno de governar o Sonhar. Cansado e arrependido, ele chama sua irmã Morte (Kirby Howell-Baptiste) e aceita seu fim, renascendo como uma entidade renovada. Sua partida abre caminho para Daniel Hall (Jacob Anderson), um bebê concebido no Sonhar, que assume o manto do novo Sonho após uma transformação dramática.
Daniel Hall: O Sonho Renascido
Diferente de Morfeu, Daniel traz uma abordagem mais humana ao Reino dos Sonhos. Ele demonstra poderes inéditos, como ressuscitar mortos – algo que seu predecessor jamais considerou. Em cenas emocionantes, ele devolve a vida a personagens como Abel (Asim Chaudhry) e Gilbert (Stephen Fry), embora seja advertido sobre o valor da morte.
Seu encontro com Lyta Hall (Razane Jammal), que antes o acusara de sequestro, é marcado pelo perdão e pela promessa de um novo começo. Essa sensibilidade contrasta com a rigidez de Morfeu, simbolizando uma era de reconciliação.
O Legado de Sandman e o Futuro da Série
Apesar do cancelamento pela Netflix, o showrunner Allan Heinberg deixou portas abertas para uma possível continuação. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, ele admitiu que, embora não haja planos para uma 3ª temporada, o final foi projetado para inspirar novas histórias – especialmente com Daniel como protagonista.
Heinberg também expressou interesse em explorar spin-offs, como aventuras de Lucienne (Vivienne Acheampong) ou Johanna Constantine (Jenna Coleman). Enquanto isso, os fãs podem esperar um episódio especial focado em Morte, previsto para 31 de julho.
Conclusão
O final de Sandman equilibra luto e esperança, encerrando a era de Morfeu com poesia e introduzindo Daniel como um governante mais compassivo. Embora a série não tenha alcançado o sucesso de Stranger Things, seu legado como uma adaptação ousada e visualmente deslumbrante permanece – um tributo ao universo rico criado por Neil Gaiman.
Para os espectadores, resta a pergunta: O Reino dos Sonhos continuará a evoluir? Por enquanto, a resposta vive apenas nos sonhos dos fãs.