Rebel Moon: A Menina do Fogo, a primeira parte da ambiciosa saga espacial de Zack Snyder, chegou à Netflix com a promessa de ser um épico sci-fi cheio de ação e aventura. No entanto, o que encontramos é um filme genérico, clichê, sorumbático e sem personalidade, que falha em quase todos os aspectos.
De acordo com a sinopse:
Em Rebel Moon Parte Um: A Menina do Fogo, uma colônia pacífica à beira da galáxia é ameaçada pelos exércitos de um regente tirânico chamado Balisarius. A misteriosa Kora (Sofia Boutella) passa a ser a única esperança de sobrevivência. Desesperados, os colonos enviam a jovem com um passado conturbado para procurar guerreiros de planetas vizinhos e ajudá-los a resistir. Kora reúne um pequeno bando de insurgentes, deslocados, camponeses e órfãos de guerra de vários mundos que têm dois objetivos em comum: redenção e vingança. Enquanto a sombra do reino avança sobre a lua mais improvável de todas, começa a batalha pelo destino de uma galáxia, que depende deste novo exército de heróis improváveis.
A história é truncada e mal desenvolvida, com personagens unidimensionais e diálogos risíveis. A protagonista, Kora, interpretada por Sofia Boutella, é uma figura vazia e sem carisma, que não consegue gerar empatia no espectador. O mesmo se aplica aos demais personagens, que são meras caricaturas sem qualquer profundidade.
As cenas de ação, que deveriam ser o ponto forte do filme, são decepcionantes. A coreografia é repetitiva e sem imaginação, e o uso excessivo de câmera lenta torna tudo cansativo e artificial. O visual do filme é outro ponto fraco. A fotografia é escura e sem vida, e os cenários parecem artificiais e pouco inspirados. A trilha sonora também é genérica e não contribui para a atmosfera do filme.
Em suma, Rebel Moon: A Menina do Fogo é uma grande decepção. O filme falha em entreter, emocionar ou impressionar. É um produto genérico e sem alma, que não vale o tempo do espectador.
Em entrevista com a Variety, o co-roteirista de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, Kurt Johnstad, reagiu às muitas críticas negativas que o filme vem recebendo.
“Eu não leio os comentários, nunca li. Os críticos têm um trabalho a fazer. Nós vivemos em uma democracia. Todo mundo pode votar. Se as pessoas assistirem ao filme, terão uma experiência e irão gostar ou não. São sabores de sorvete. Em minha carreira de 20 anos fazendo isso, as avaliações nunca foram equiparadas ao desempenho. Um filme vai funcionar ou não. As pessoas vão adorar e estar conectadas a ele, e acho que o que este filme tem é um impulso emocional e um núcleo e personagens vulneráveis. E, claro, há sequência, ação e visual – é um filme magnífico. Mas acho que no centro disso está a emoção. Há um motor emocional e uma moeda presente no filme que eu acho que funciona, então eu convidaria as pessoas para conferir.”
Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo está disponível no catálogo da Netflix. Já a continuação, Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes, tem lançamento marcado para 19 de abril de 2024.