Desde o momento em que Avatar: Frontiers of Pandora foi anunciado, eu como fã confesso e absurdamente apaixonado pelo universo já fiquei ansioso para poder pôr as mãos no jogo. O título foi lançado em 2023 e por diversos motivos, só consegui parar para joga-lo agora, e esperar esse um ano e pouquinho, com certeza foi uma escolha completamente acertada.
O jogo veio passando por diversas atualizações, corrigindo bugs e pequenos problemas e posso dizer que minha experiência depois de um ano foi incrível como ter entrado na sala IMAX no dia 18 de dezembro de 2009 para ver o primeiro filme de pela primeira vez.
Com mais de 52 horas de jogo, posso dizer que a experiência tenta capturar a grandiosidade do universo criado por James Cameron, trazendo a marca registrada da Ubisoft para o mundo dos games: mundos abertos gigantescos, missões para todos os tipos de gostos e jogabilidade acessível desde o primeiro momento. A mistura que prometeu ser ambiciosa me entregou momentos memoráveis. Se você conhece os filmes e é fã do universo de Pandora assim como eu, este jogo tem elementos que podem fazer você se sentir em casa e sem dúvida não é tarde para voltar para esse mundo vibrante e incrível.
A trama busca ampliar o universo de Avatar ao mesmo tempo em que se alinha à narrativa dos longas. Aqui, assumimos o papel de um Na’vi que, após ser capturado e colocado em criogenia ainda criança, acorda anos depois em um mundo onde a RDA retornou com força total. O jogo não apenas complementa a história do filme, mas também explora éticas e conflitos de forma imersiva, permitindo que vivenciemos a resistência dos na’vi contra a ambição destrutiva dos humanos.
Pandora é um dos grandes destaques do jogo.
O planeta foi recriado em detalhes absurdos, com biomas variados e uma natureza tão exuberante quanto perigosa. A vegetação densa e os rios cristalinos são um espetáculo visual — de dia ou de noite, é fácil se perder admirando a paisagem (eu me perdi várias vezes, porque estava acompanhando um animal de forma sorrateira para que ele não percebesse minha presença). No entanto, essa beleza também esconde desafios: a orientação pode ser complicada e, muitas vezes, os detalhes excessivos dificultam a navegação. Mesmo assim, explorar Pandora é um deleite para os amantes de mundos abertos.
Os gráficos são impressionantes.
O trabalho de iluminação e os detalhes da fauna e flora são de cair o queixo. Apesar de não contar com recursos de ray-tracing, o visual é um dos pontos fortes, proporcionando cenários que parecem saídos diretamente das telas do cinema.
Na jogabilidade, o jogo adota a perspectiva em primeira pessoa, o que traz uma abordagem diferente para o combate e a exploração.
Além disso, recolher recursos, fabricar itens e cumprir missões fazem parte do ciclo principal, mas aqui há um foco maior na sobrevivência, com a necessidade de caçar e se alimentar para manter a energia do personagem. (Isso mesmo, não vá pensando que porque você está na pele de um Na’vi de 2 metros de altura com ossos de fibra de carbono, “sim isso é frase do filme, eu sei” que você sairá ileso das várias adversidades que o jogo te atropela, sendo a fauna e flora de Pandora seu segundo pior inimigo). Esse elemento adiciona uma camada de desafio, mas também pode ser frustrante, especialmente quando falta um recurso importante ou é preciso esperar o momento certo para obtê-lo.
O áudio merece aplausos, especialmente a trilha sonora que complementa perfeitamente a atmosfera de Pandora.
O trabalho de som é tão detalhado que é possível identificar a presença de animais ou inimigos apenas pelo que ouvimos ao nosso redor. (Eu adoro jogar e ver filmes com meu home theater ligado no último volume, jogando a noite, com meu setup de led respondendo as cores que a tv reproduzia, por uns 2 minutos simplesmente parei de andar no meio da floresta, fechei os olhos e fiquei ouvindo os sons. Que sensação absurda, chega a ser difícil descrever, mas o som do vento, de pássaros e animais terrestres, todos ao seu redor, te levam duma forma única praquele ambiente. É impressionante como o som torna a atmosfera viva até no momento mais “silencioso do jogo”. A dublagem em português do Brasil é outro ponto positivo. As vozes são bem escolhidas e trazem ainda mais imersão, fazendo com que os personagens sejam convincentes e autênticos.
As missões do jogo são variadas, indo desde investigações e rastreamento até intensos combates contra as tropas da RDA. No entanto, o progresso do personagem depende não apenas de completar tarefas, mas também de coletar e fabricar equipamentos (como eu já disse acima, fãs de jogos onde é necessário craftar (Monster Hunter por exemplo) vão se sentir em casa. Essa mecânica pode ser um pouco repetitiva, especialmente em dificuldades mais altas, onde a falta de recursos se torna um problema frequente. Apesar disso, algumas missões surpreendem pela execução criativa, enquanto outras acabam sendo apenas um “pretexto” para explorar mais do mapa. Eu joguei na dificuldade normal e alternei em momentos para ter noção do que iria enfrentar.
Por fim, Avatar: Frontiers of Pandora é uma experiência que recompensa a paciência e o desejo de exploração. É um presente incrível para os fãs da franquia e captura bem a essência do universo de Avatar, oferecendo aos jogadores um mundo vasto e fascinante para descobrir. Apesar do cansaço para craftar que me pegou depois das 30 horas de jogo, os cenários e a imersão compensam os momentos de frustração. Se você é fã do universo de Pandora ou simplesmente curte jogos de mundo aberto com um toque de sobrevivência, vale a pena conferir.
Atualmente você pode adquirir o jogo por 151,98 tanto na Store do Xbox quando do Playstation, o que é um ótimo preço pra essa aventura
” Cada pessoa nasce duas vezes. A segunda vez é quando você conquista seu lugar entre o povo, para sempre.” Essa frase do filme explica bem esse mergulho nesse mundo, agora que comecem as aventuras dessa sua nova vida em Pandora!