A primeira expansão paga de Avatar: Frontiers of Pandora, The Sky Breaker, chegou seis meses após o lançamento do jogo base para expandir o universo de Pandora, mas será que ela conseguiu elevar a experiência ou apenas repete o que já vimos? Vamos mergulhar nos detalhes desta DLC e descobrir se ela vale seu tempo e dinheiro.
Um Enredo que Joga no Seguro
The Sky Breaker se passa após os eventos do jogo principal, com os Na’vi participando dos grandes jogos uma celebração esportiva dos Navi. A paz, no entanto, é quebrada pelo retorno da RDA, que lança um ataque surpresa. A introdução é visualmente deslumbrante, com cenas que realmente parecem ter sido tiradas do filme, mas a história rapidamente cai em uma fórmula já conhecida: Na’vi vs. RDA.
Personagens como Teylan ganham algum desenvolvimento, mas os antagonistas, como a Coronel Amanda Harding, são pouco explorados, servindo mais como obstáculos do que como figuras memoráveis. A trama moral sobre Alma, que foi um ponto alto no jogo base, perde impacto aqui, tornando o arco narrativo sem grandes surpresas.
Sobre a gameplay
Em time que está ganhando não se mexe, ou seja The Sky Breaker mantém a estrutura do jogo original: infiltração em bases da RDA, combate tático e exploração aérea com os Ikran. Novos inimigos, como um mech blindado (que me deu muita dor de cabeça) adicionam um pouco de variedade ao combate, mas a IA continua inconsistente, com inimigos patrulhando de forma pouco inteligente.
A expansão introduz uma árvore de habilidades pós-nível 20, focada em atributos básicos como dano e saúde. São adições úteis, mas nada que mude drasticamente a experiência. Se você gostou do gameplay do jogo base, vai se sentir em casa. Caso contrário, prepare-se para mais do mesmo.
A nova região, chamada de Fronteira Ocidental, é visualmente impressionante, com campos de grama luminosa e efeitos climáticos dinâmicos que mostram o poder técnico do jogo. As missões secundárias, como caças esportivas e coleta de recursos, seguem a mesma fórmula do jogo base, o que pode gerar uma sensação de déjà vu.
Os grandes jogos que prometiam ser um destaque com atividades como arco e flecha montado e corridas, na realidade são mini games opcionais após o prólogo (muitos jogadores adoram mini games e gastam horas com eles, entretanto, outra parte dessa galera foge de qualquer coisa não relacionada a história principal, e garanto que não aproveitar os jogos, vai tirar uma parte muito bacana da experiência dessa DLC, por isso, jogue, ao menos uma vez). O conteúdo principal, junto com algumas atividades extras, deve levar entre 10 e 12 horas para ser concluído, dependendo do seu ritmo.
O que já era lindo no jogo base, continua incrível aqui, trazendo algumas melhorias técnicas, como o modo 40 FPS nos consoles, oferecendo um bom equilíbrio entre fluidez e qualidade gráfica. No entanto, por duas vezes experimentei um travamento ao utilizar o Quick Resume, o que me deixou um pouco desesperado com medo de perder um save. Tive que reiniciar o aparelho pra poder voltar a jogar.
Por R$74,90 vocês podem comprar essa expansão no PS5, XBOX, Steam ou Epic. Para quem curtiu o jogo base e deseja mergulhar ainda mais nos mistérios de Pandora, achei um valor justo, visto que hoje é raro ver uma DLC que custe menos de R$100 reais.
The Sky Breaker pega todas as qualidades (e os pouquíssimos defeitos do jogo base): um mundo deslumbrante e mecânicas sólidas de combate e stealth, mas amarrado a uma estrutura repetitiva e uma narrativa simples agora. Se você ainda se sente fascinado por Pandora (como eu), a expansão oferece conteúdo suficiente para justificar o investimento. Porém, ainda temos uma segunda DLC nesse vasto mundo e se estiver procurando algo mais diferente, pode ser uma boa esperar para descobrir o que ela trará.